Tossiu, espirrou e logo pensou em fazer o teste para o coronavírus? Segure a ansiedade. Entenda por que nem todo caso suspeito é avaliado no Brasil.



 Atualmente, a recomendação do Ministério da Saúde é a de fazer testes apenas em casos graves de pessoas com suspeita de coronavírus e profissionais de saúde e segurança com sintomas respiratórios. Mas por que não realizar o exame em qualquer um que apresente tosse, febre e coriza?


No mundo ideal, toda a população com sinais suspeitos deveria ser testada. Inclusive, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda essa ação. “Caso isso fosse possível, teríamos uma melhor noção da taxa de mortalidade.

 Se testamos apenas casos graves, chegamos a um número irreal da doença e, consequentemente, uma mortalidade que parece ser maior”, aponta o infectologista João Prats, da BP — A Beneficência Portuguesa de São Paulo. 
Isso porque há uma quantidade considerável de casos assintomáticos ou com sintomas leves que não serão diagnosticados. 


Além disso, confirmar a presença do coronavírus (também chamado de Sars-Cov-2) em alguém ajuda a reforçar o isolamento desse indivíduo e dos indivíduos mais próximos. Isso frearia o ritmo de transmissão da Covid-19, doença provocada por esse agente infeccioso.

Infelizmente, até o momento não dispomos de kits de testes suficientes no Brasil para uma política abrangente de examinação (outros países enfrentam situação semelhante). Fora que pacientes com diagnóstico do novo coronavírus e com sintomas leves devem ficar em casa isolados, eventualmente tomando remédios para aplacar sintomas. Ou seja, do ponto de vista individual, pouco mudaria saber com certeza qual o agente infeccioso por trás daquela tosse chata, por exemplo.

 Outro argumento é o de que a ida a um laboratório ou hospital para fazer o exame pode terminar em contaminação. Enfim, considerando nossas condições, a recomendação oficial é a de procurar atendimento médico e realizar o exame se estiver com os sintomas agravados e sentir desconforto respiratório.


Mas, afinal, como é o teste para diagnosticar o coronavírus?
Há dois tipos de exame. O mais assertivo é o RT-PCR, que utiliza a biologia molecular. Nele, uma amostra de secreção nasal e da garganta do paciente é levada ao laboratório para uma busca minuciosa pelo material genético do Sars-Cov-2.


“Esse processo em laboratório demora oito horas, se não houver fila. Mas com uma demanda tão grande como a atual, a capacidade produtiva dos laboratórios está menor”, conta Carlos Eduardo dos Santos Ferreira, presidente da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML).

Há ainda os chamados testes rápidos, que também são feitos a partir de secreção nasal e de garganta ou sangue. 

Eles ficam prontos em tempo recorde: entre 10 e 30 minutos. O Ministério da Saúde recentemente anunciou o recebimento de 8 milhões de exames do tipo — a princípio, eles serão destinados a profissionais de saúde e de segurança.

Os testes rápidos utilizam uma amostra de sangue da pessoa para detectar a presença de dois tipos de anticorpos: o IgM e o IgG.
 
O primeiro é considerado um marcador para a fase aguda da doença e começa a ser produzido entre cinco e sete dias após a infecção pelo vírus. 

Já o segundo é um anticorpo mais específico que permanece circulando mesmo após o fim da fase aguda, indicando que a pessoa está teoricamente  protegida de futuras infecções provocadas por aquele patógeno.

 O ideal é que a testagem seja feita a partir de sete dias após o aparecimento dos sintomas (como dores no corpo e tosse seca), mas há maior precisão se feito após o décimo dia. Esse é o tempo médio que o corpo precisa para produzir suas defesas contra o vírus.

 Por isso, o teste acaba não sendo indicado para detectar a doença precocemente —já que, quando ele for capaz de oferecer um diagnóstico positivo, o paciente já estará com os sintomas há algum tempo. 


Importante: se o exame for feito antes desse período, a chance de dar negativo é grande, mesmo a pessoa estando contaminada.


O problema: apesar de ágeis, não são tão confiáveis. Ao contrário do RT-PCR, eles medem a quantidade de dois anticorpos (o IgG e o IgM) que o organismo produz quando entra em contato com um invasor. 

Acontece que o IgM é produzido na fase aguda da infecção, ao passo que IgG pode aparecer só mais tarde. E para dar um resultado positivo, é preciso que haja uma quantidade mínima dessas moléculas circulando pelo corpo. Assim, em algumas situações, o exame pode não detectar a presença do novo coronavírus (um resultado falso-negativo, como dizem os experts).

“Os testes rápidos não podem ser usados como único parâmetro de diagnóstico e devem ser feitos apenas por profissionais especializados”, diz Marcella Abreu, gerente de produtos para diagnóstico in vitro da Anvisa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

Segundo a entidade, no momento há oito marcas de testes rápidos validadas no Brasil, porém outras tantas estão em fase de avaliação, com prioridade. “Um dos problemas que estamos enfrentando é que a maioria dos produtos aprovados vem da China e Coreia, ou com matérias-primas desses países.

 Nós dependemos da capacidade de fabricação deles”, justifica Abreu. Dessa forma, o entendimento do governo é de que é melhor preservar os kits que temos para quem realmente precisa ser testado, em especial quando o número de casos de Covid-19 no Brasil crescer.

Cuidados necessários 

 Os casos de contaminação pelo novo coronavírus não param de crescer,Veja agora como se prevenir! Nos últimos dias, o novo coronavírus foi destaque em toda a imprensa mundial. A preocupação se espalha à medida que casos da doença são confirmados nos quatro continentes.

 A melhor atitude, então,é se informar sobre as formas mais eficazes de prevenção. Nesse conteúdo, você vai conferir quais são os 5 cuidados indispensáveis que você precisa ter para se proteger do vírus. 

O que é o coronavírus?

O coronavírus é uma família de vírus que se manifestou pela primeira vez em 1937. Em 31 de dezembro de 2019, foi identificado um novo tipo de coronavírus, que teve origem no mercado de frutos do mar e de animais vivos da cidade de Wuhan, na China. Por causar graves infecções respiratórias, o vírus ficou conhecido pela sigla SARS (Severe Acute Respiratory Syndrome ou Síndrome Respiratória Aguda Grave, em tradução livre).


Os tipos de coronavírus

O coronavírus foi se modificando ao longo do tempo, por isso, os profissionais de saúde viram a necessidade de nomear cada um dos tipos do vírus de maneira diferente. No caso do último vírus descoberto, seu nome inicial era novo coronavírus ou SARS-CoV-2, porém, a Organização Mundial da Saúde (OMS), no dia 30 de Janeiro de 2020, anunciou a mudança da nomenclatura do vírus para COVID-19. O nome foi alterado para se adaptar às diretrizes da OMS, que aconselham os estudiosos a não darem nomes que referenciem animais, objetos, indivíduos ou grupo de pessoas para os vírus descobertos.

Conheça abaixo os tipos conhecidos:

Beta coronavírus OC43 e HKU1;
Alpha coronavírus 229E e NL63;
MERS-CoV (causador da Síndrome Respiratória do Oriente Médio ou MERS);
SARS-CoV (causador da Síndrome Respiratória Aguda Grave ou SARS);
COVID-19 (o tipo mais recente descoberto).

Quais são os sintomas do coronavírus?

Febre;
Espirros;
Tosse;
Coriza;
Falta de ar.

Como ocorre a transmissão do coronavírus?

Inicialmente, se pensava que a transmissão da doença acontecia de animais para pessoas, mas com os últimos acontecimentos  sabemos que a transmissão também pode ocorrer de pessoa para pessoa.

O coronavírus é de fácil transmissão e pode se disseminar das seguintes formas:

Contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos;
Contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão;
Tosse;
Espirro;
Contato com secreções respiratórias.
Qualquer pessoa que se aproxime um metro de uma pessoa infectada corre o risco de ser contaminada com a infecção.


5 formas de se prevenir do coronavírus

A médica infectologista da Unimed Fortaleza Dra. Lícia Borges Pontes, separou 5 cuidados que você e sua família devem ter para se prevenir do coronavírus.

A sigla, em inglês, W-U-H-A-N indica ações que você deve ter no dia a dia para se manter protegido. Confira a tradução abaixo e comece a praticá-las para manter o vírus longe da sua casa:

Wash hands = Lave as mãos;

Use mask properly = Use máscaras de proteção adequadamente;

Have temperature checked regularly = Verifique sua temperatura regularmente;

Avoid large crowds = Evite grandes multidões;

Never touch your face with unclean hands = Nunca toque seu rosto com as mãos sujas.
Pessoas gripadas ou resfriadas

No caso de pessoas com sintomas característicos de gripes ou resfriados, a prevenção também deve ser feita, porém, com algumas particularidades quanto ao que deve ser feito

Listamos abaixo algumas dicas para que você e sua família saibam como proceder se já estiverem doentes:
1- Use máscaras de proteção em lugares públicos ou quando for conversar com alguém;

2- Ao tossir ou espirrar, use lenços de papel e, em seguida, jogue-os no lixo ou cubra a boca e o nariz utilizando o antebraço;

3- Evite cumprimentos com abraços, apertos de mão e beijos;

4- Evite visitas a entes queridos caso esteja gripado.

O coronavírus tem cura?

Mesmo sem haver tratamentos específicos para o vírus, a grande maioria das pessoas contaminadas evolui para a cura. Mas, apesar dessa informação, não se pode diminuir a gravidade das complicações que esse vírus pode trazer, já que os sintomas são muito agressivos para o corpo. O tratamento para as doenças causadas pelo vírus, por enquanto, ainda é o de suporte, ou seja, o foco é o tratamento dos sintomas da infecção, como a febre e a tosse. 

O coronavírus pode causar infecções respiratórias desde um simples resfriado até uma pneumonia severa. Isto vai depender de vários fatores como idade e imunidade. Os vários tipos do coronavírus causam doenças respiratórias e a forma mais eficaz de identificar a infecção pelo vírus é procurar um médico assim que os sintomas se manifestarem. Apesar de serem sintomas semelhantes aos de um resfriado.
 
Referências 

: https://www.unimedfortaleza.com.br/