Exame do abdome
Para melhor avaliação da região abdominal, o enfermeiro deve dividi-lo em quadrantes, os quais possuirão características específicas. O paciente deve estar em decúbito dorsal, porém o ideal é que o exame seja finalizado em posição ortostática, para melhor visualização de hérnias inguinais.
INSPEÇÃO ABDOMINAL
A inspeção deve ser realizada de duas maneiras:Estática:
Formato e suas alterações; Abaulamentos, cicatrizes e retrações; Observar a pele e anexos;
Observar circulação colateral.
Dinâmica:
Peristaltismo e seus movimentos; Pulsações; Respiração; Atentar para hérnias inguinais.
Exame da Pele:
Cicatrizes (cirúrgicas ou traumáticas) e hérnias incisionais.
Estrias gravídicas, da ascite, da obesidade e da doença de Cushing: ocorrem devido à rotura das fibras elásticas da derme. Mais encontradas nas fossas ilíacas e nos flancos.
Sinal de Halstead (manchas e cianose da pele do abdome), sinal de Cullen (equimose periumbilical) e sinal de Gray-Turner (equimose nos flancos). São devidas ao acúmulo de sangue no retroperitônio e podem ser encontradas na pancreatite aguda necrohemorragicas ou gravidez tubaria rota sangrante.
Atenção! Hematomas podem estar associados a aplicação inadequada de medicações.
Atenção! Para obstruções intestinais, principalmente em pacientes oncológicos. Alterações da cicatriz umbilical:
Onfalite: sinais de infecção na cicatriz umbilical;
Protrusão umbilical: hérnia umbilical;
Deslocamento para:
Cima: tumorações pélvicas;
Baixo: tumorações altas;
Lateral: tumorações do lado oposto ou inflamação do mesmo lado.
Ausculta:
OBS: diferente do sistema cardiovascular e respiratório, a ausculta deve ser o primeiro elemento a ser avaliado após a inspeção. A explicação é que a palpação ou percussão do abdome pode alterar os movimentos peristálticos. É recomendável pelo menos um minuto para cada quadrante.
Normal:
Geralmente 2 a 3 ruídos peristálticos para cada incursão respiratória;
Aumentada:
na obstrução intestinal mecânica ou gastroenterites acompanhadas de diarreia;
Hipocôndrio direito: distensão da capsula hepática; queimação epigástrica: doença péptica;
em cólica: enterocolites, colo irritável, litíase renal ou menstrual; difusa, com contratura reflexa (abdome em tábua) e descompressão dolorosa: irritação peritoneal; Intensa, com irradiação: neuropática, por compressão ou estimulação nervosa por tumores, como o pancreático.
Abdome Agudo
Diminuída ou ausente:
Nos casos de obstrução intestinal por íleo paralítico (peritonites, “sofrimento” isquêmico de alça intestinal, alterações hidro eletrolíticas onde destacamos a hipopotassemia, e nas alterações ácido-básicas);
Metálica:
Nos casos de obstrução intestinal por íleo paralítico (peritonites, “sofrimento” isquêmico de alça intestinal, alterações hidro eletrolíticas onde destacamos a hipopotassemia, e nas alterações ácido-básicas);
Metálica:
Nos casos de grande distensão abdominal (semelhante ao ruído produzido pelo lacre metálico das latas metálicas quando manipulados).
Sons audíveis no abdome
Peristalse (quantificar e qualificar);
Sopros (vasculares ou tumorais);
Atrito (hepatoesplênicos);
Borborismos (ruídos hidroaéreos);
Batimentos cardiofetais;
Ruídos hidroaéreos (vasculejo, patinhação, gargarejo): dependem da presença de líquidos e gases em segmentos do tubo digestivo, e do estado de tensão da parede dos órgãos.
Os sopros abdominais ocorrem em:
Estenoses e aneurismas das artérias: aorta, ilíacas, renais e hepática.
Insuficiência aórtica, em geral, duplo sopro relacionado ao fluxo reverso da aorta evidenciado na diástole, nas suas formas graves.
Hipertensão porta com veia umbilical pérvia.
Batimentos cardio fetais: podem ser evidenciados, clinicamente, à beira do leito a partir do 5o mês de gravidez. Utiliza-se o estetoscópio de Pinard, podendo ser confirmado pelo Doppler portátil. É sinal da gravidez com feto vivo, sendo a bradicardia e a taquicardia reconhecidas como sinais de sofrimento fetal.
No abdome, o som predominante à percussão é o timpânico, o que se relaciona à presença de vísceras ocas.
Timpanismo :
O timpanismo será proporcional não só ao conteúdo destas vísceras (sólidos, líquidos e gases), como também ao grau de tensão parietal que apresentam.
Som maciço:
O som maciço costuma ser encontrado nas vísceras sólidas e em vísceras ocas preenchidas por líquidos ou fezes.
O som maciço pode ainda estar relacionado à formação sólida ou ao acúmulo de líquidos.
Hipertimpanismo:
O hipertimpanismo deve sempre ser relacionado à distensão gasosa das alças intestinais (fisiológica ou patológica) ou à presença de gás livre na cavidade abdominal (pneumoperitôneo).
Macicez Abdominal:
Ascite livre reconhecida à percussão quando a ascite tem no mínimo 1.500 mL de líquido intraperitoneal.
Sons audíveis no abdome
Peristalse (quantificar e qualificar);
Sopros (vasculares ou tumorais);
Atrito (hepatoesplênicos);
Borborismos (ruídos hidroaéreos);
Batimentos cardiofetais;
Ruídos hidroaéreos (vasculejo, patinhação, gargarejo): dependem da presença de líquidos e gases em segmentos do tubo digestivo, e do estado de tensão da parede dos órgãos.
Os sopros abdominais ocorrem em:
Estenoses e aneurismas das artérias: aorta, ilíacas, renais e hepática.
Insuficiência aórtica, em geral, duplo sopro relacionado ao fluxo reverso da aorta evidenciado na diástole, nas suas formas graves.
Hipertensão porta com veia umbilical pérvia.
Batimentos cardio fetais: podem ser evidenciados, clinicamente, à beira do leito a partir do 5o mês de gravidez. Utiliza-se o estetoscópio de Pinard, podendo ser confirmado pelo Doppler portátil. É sinal da gravidez com feto vivo, sendo a bradicardia e a taquicardia reconhecidas como sinais de sofrimento fetal.
Percussão Abdominal
Timpanismo :
O timpanismo será proporcional não só ao conteúdo destas vísceras (sólidos, líquidos e gases), como também ao grau de tensão parietal que apresentam.
Som maciço:
O som maciço costuma ser encontrado nas vísceras sólidas e em vísceras ocas preenchidas por líquidos ou fezes.
O som maciço pode ainda estar relacionado à formação sólida ou ao acúmulo de líquidos.
Hipertimpanismo:
O hipertimpanismo deve sempre ser relacionado à distensão gasosa das alças intestinais (fisiológica ou patológica) ou à presença de gás livre na cavidade abdominal (pneumoperitôneo).
Macicez Abdominal:
Ascite livre reconhecida à percussão quando a ascite tem no mínimo 1.500 mL de líquido intraperitoneal.
Com o paciente em decúbito dorsal, evidenciamos macicez no hipogástrio, fossas ilíacas e flancos com altura proporcional à quantidade do derrame (macicez de declive).
Este sinal é característico das coleções livres. Se a macicez nos flancos for devida à presença de fezes nos colos, não haverá alterações com a mudança de decúbito.
Alguns pacientes apresentam ascite septada, onde não há macicez de decúbito e, sim, zonas maciças alternadas com timpânicas.
Alguns pacientes apresentam ascite septada, onde não há macicez de decúbito e, sim, zonas maciças alternadas com timpânicas.
Nos cisto de ovário, a macicez é assinalada na parte central do abdome inferior, com timpanismo nos flancos. Nessas pacientes, o exame do abdome deve ser complementado com o toque vaginal e/ou retal para esclarecimento da tumoração pélvica.
Deve ser dividida em:
Superficial:
Avaliar tensão; Sensibilidade da parede abdominal; Presença de massas, nódulos ou hérnias.
Profunda:
Fígado palpável; Massas; Vísceras.
Atenção! O exame deve ser realizado com as mão aquecidas. Na palpação superficial, utiliza-se as palmas das mãos; e, na profunda, utiliza-se melhor a ponta dos dedos. Respiração profunda deve ser solicitada apenas para a palpação do fígado e baço, órgãos sob a parede costal.
Forma e volume: os tumores malignos têm, geralmente, forma mais irregular que os benignos e limites mais precisos que os inflamatórios (exceto quando já há infiltração das estruturas vizinhas).
Consistência: os tumores malignos tendem a ser mais duros. Os cistos apresentam uma consistência própria (cística). Abscessos costumam se apresentar “empastados”. O acúmulo de fezes no intestino grosso exibe consistência variável, podendo mudar de forma durante a palpação.
Sensibilidade: massas inflamatórias costumam ser dolorosas à palpação. A aorta, mesmo sem aneurisma, quando palpada, pode ser dolorosa. Distensão de órgãos normais (cápsulas) podem torná-los extremamente dolorosos.
Caráter pulsátil: um tumor abdominal pulsátil nos leva a pensar em aneurismas de aorta ou em tumores situados sobre a aorta que conduzem as pulsações da artéria.
Mobilidade respiratória: evidenciada nos tumores intra peritoneais pela sua proximidade com o diafragma (fígado, baço, estômago) ou, então, tumores de outras vísceras que se encontrem aderidos a estes órgãos.
Frêmitos: presentes em aneurisma, estenoses vasculares, fístula e irradiação de sopros nas artérias, principalmente, a aorta.
Sinais de irritação peritoneal (descompressão dolorosa do abdome): indica uma reação localizada ou generalizada do peritônio, que ocorre desde o início da apendicite, assim como em vários processos abdominais agudos, como as anexites e a diverticulite.
Metástases: após a caracterização do tumor, devem ser pesquisadas possíveis metástases intra-abdominais (fígado, umbigo ou “prateleira pélvica”) e/ou extra-abdominais (fossa supraclavicular, pele, etc.).
Principais achados clínicos
Dor
Palpação abdominal
Deve ser dividida em:
Superficial:
Avaliar tensão; Sensibilidade da parede abdominal; Presença de massas, nódulos ou hérnias.
Profunda:
Fígado palpável; Massas; Vísceras.
Atenção! O exame deve ser realizado com as mão aquecidas. Na palpação superficial, utiliza-se as palmas das mãos; e, na profunda, utiliza-se melhor a ponta dos dedos. Respiração profunda deve ser solicitada apenas para a palpação do fígado e baço, órgãos sob a parede costal.
Características de massas abdominais
Forma e volume: os tumores malignos têm, geralmente, forma mais irregular que os benignos e limites mais precisos que os inflamatórios (exceto quando já há infiltração das estruturas vizinhas).
Consistência: os tumores malignos tendem a ser mais duros. Os cistos apresentam uma consistência própria (cística). Abscessos costumam se apresentar “empastados”. O acúmulo de fezes no intestino grosso exibe consistência variável, podendo mudar de forma durante a palpação.
Sensibilidade: massas inflamatórias costumam ser dolorosas à palpação. A aorta, mesmo sem aneurisma, quando palpada, pode ser dolorosa. Distensão de órgãos normais (cápsulas) podem torná-los extremamente dolorosos.
Caráter pulsátil: um tumor abdominal pulsátil nos leva a pensar em aneurismas de aorta ou em tumores situados sobre a aorta que conduzem as pulsações da artéria.
Mobilidade respiratória: evidenciada nos tumores intra peritoneais pela sua proximidade com o diafragma (fígado, baço, estômago) ou, então, tumores de outras vísceras que se encontrem aderidos a estes órgãos.
Frêmitos: presentes em aneurisma, estenoses vasculares, fístula e irradiação de sopros nas artérias, principalmente, a aorta.
Sinais de irritação peritoneal (descompressão dolorosa do abdome): indica uma reação localizada ou generalizada do peritônio, que ocorre desde o início da apendicite, assim como em vários processos abdominais agudos, como as anexites e a diverticulite.
Metástases: após a caracterização do tumor, devem ser pesquisadas possíveis metástases intra-abdominais (fígado, umbigo ou “prateleira pélvica”) e/ou extra-abdominais (fossa supraclavicular, pele, etc.).
Principais achados clínicos
Dor
Pode ser típica ou atípica.
Hipocôndrio direito: distensão da capsula hepática; queimação epigástrica: doença péptica;
em cólica: enterocolites, colo irritável, litíase renal ou menstrual; difusa, com contratura reflexa (abdome em tábua) e descompressão dolorosa: irritação peritoneal; Intensa, com irradiação: neuropática, por compressão ou estimulação nervosa por tumores, como o pancreático.
Abdome Agudo
Atentar para a gravidade da condição e proceder a investigação necessária.
Palpar o abdome cuidadosamente;observar a peristalse em cada quadrante do abdome;
procurar peristalse visível ou metálica; observar atentamente a eliminação de gases ou sangue.
Palpar o abdome cuidadosamente;observar a peristalse em cada quadrante do abdome;
procurar peristalse visível ou metálica; observar atentamente a eliminação de gases ou sangue.
Avaliar e, se necessário, medir a temperatura retal e axilar (para comparação);
Procurar sinais de irritação peritoneal;
Reavaliar o exame clínico a cada 2 horas.
Distensão Abdominal
Procurar sinais de irritação peritoneal;
Reavaliar o exame clínico a cada 2 horas.
Distensão Abdominal
Deve ser sempre considerada a anatomia para interpretação.
Presença de líquidos (ascítico): o líquido tende a se acumular nas áreas de declive, mudando a forma do abdome e as características à percussão, conforme a posição do paciente.
“Gases”: ocorre nas distensões gasosas. Há aumento em todas as direções, não alterando sua forma conforme a posição.
Encistada
Presença de líquidos (ascítico): o líquido tende a se acumular nas áreas de declive, mudando a forma do abdome e as características à percussão, conforme a posição do paciente.
“Gases”: ocorre nas distensões gasosas. Há aumento em todas as direções, não alterando sua forma conforme a posição.
Encistada
Em peritonites adesivas ou nos grandes cistos de ovário. Tendem a ser mais proeminentes no sentido anteroposterior do que no transverso, ficando fixas mesmo com a mudança de posição do paciente.
Gordura
Gordura
Nos últimos anos, tem sido relacionada à síndrome metabólica, a qual corresponde a um conjunto de doenças cuja base é a resistência insulínica. Segundo os critérios brasileiros, a síndrome metabólica ocorre quando estão presentes três dos cinco critérios abaixo:
Gravidez:
Gravidez:
a gravidez confere ao abdome um aspecto piriforme;
Constipação:
Constipação:
relacionada à distensão em quadros de constipação crônica ou mesmo obstrução intestinal;
Tumor:
Tumor:
tumorações volumosas podem produzir distensão abdominal de forma direta (próprio tumor - ex.: carcinoma de colo ou de células normais) ou indiretamente (distensão abdominal a montante ou volumosa hidronefrose);
Abaulamentos localizados:
Abaulamentos localizados:
podem ser evidenciados em distensão segmentar do tubo digestivo, visceromegalias de grande volume, tumores intra-abdominais, hérnias e eventrações, além de tumores retroperitoneais ou mesmo da parede abdominal.
Abdome escavado: Pacientes emagrecidos em grau moderado. É normal nas pessoas jovens e magras.
Desnutrição intensa, diarreias crônicas com ou sem síndrome disabsortiva e/ou vômitos acentuados. Pode ocorrer na presença de aderências entre o peritônio parietal e as vísceras (ex.: tuberculose peritonial).
Síndrome anorexia caquexia oncológica.
Abdome escavado: Pacientes emagrecidos em grau moderado. É normal nas pessoas jovens e magras.
Desnutrição intensa, diarreias crônicas com ou sem síndrome disabsortiva e/ou vômitos acentuados. Pode ocorrer na presença de aderências entre o peritônio parietal e as vísceras (ex.: tuberculose peritonial).
Síndrome anorexia caquexia oncológica.
REFERÊNCIAS
Carmagnani MIS, Fakih FT, Canteras LMS, et al. Procedimentos de Enfermagem: Guia Prático. 2a ed. Rio de Janeiro: GEN, Guanabara & Koogan; 2017 (2).
Lynn P. Manual de Habilidades de Enfermagem Clínica de Taylor. Porto Alegre: Artmed; 2012.
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